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Fotos: João Vilnei (prefeitura / divulgação)
Na manhã desta terça-feira, em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade, na Rádio CDN, o superintendente do Bem-Estar Animal da prefeitura, Alexandre Caetano, falou sobre os acidentes envolvendo cavalos nos últimos dias e de como está o processo de microchipagem de equinos na cidade. Durante entrevista, o médico veterinário afirmou que as ações de microchipagem continuam, porém serão feitas de 15 em 15 dias.
O assunto veio à tona depois da ocorrência de dois acidentes que envolveram cavalos, na última segunda-feira. O primeiro ocorreu por volta das 3h30min, entre uma motocicleta e o animal, na ERS-509, em que o piloto perdeu a vida. O cavalo precisou ser sacrificado. Já o segundo aconteceu no Bairro João Goulart, quando dois animais estavam em disparada e um deles bateu na lateral de um veículo, havendo apenas danos materiais.
Com os acidentes foi possível verificar grande ausência dos microchips em cavalos no município. O cavalo do primeiro acidente não estava microchipado, o que dificultou o processo de identificação do responsável.
- Isso é um problema sério que tem acontecido há bastante tempo em Santa Maria, inclusive nós iniciamos o trabalho de identificação eletrônica dos animais pelos cavalos carroceiros, muito em função desses acidentes e geralmente com óbitos de seres humanos -, comenta Alexandre.
O animal que faleceu em decorrência do acidente de ontem não estava microchipado e por não possuir identificação eletrônica, a superintendência do bem-estar animal tenta descobrir por meio da marca que o animal possuía, para auxiliar no trabalho da delegacia de homicídios.
A microchipagem no município começou em 2019, tendo uma pequena pausa no afastamento social causado pela pandemia do Covid-19. Em junho deste ano, o serviço retornou com seu funcionamento todas as quintas-feiras, porém por conta de algumas mudanças, a partir de agora será realizado ainda nas quintas-feiras, só que de 15 em 15 dias.
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Segundo Alexandre, já são em torno de 200 animais microchipados em Santa Maria, e esse pequeno número é dado em consequência da falta de procura pelo procedimento. Questionado do porquê do desinteresse pela população, o superintende fala:
- Eu não vou generalizar, muitos procuram, ligam, inclusive para saber qual é o horário, qual é data que a gente vai microchipar. Acontece o seguinte, é questão de responsabilidade, é muito fácil tu criar um animal solto e não ter identificação nenhuma - respondeu Alexandre.
Atuação da Polícia Rodoviária Estadual e Federal
O programa trouxe também a questão da atuação das Polícias Rodoviárias Estadual e Federal, nos casos de animais que ficam soltos às margens das rodovias em Santa Maria. Embora seja um acontecimento corriqueiro e ocorra em diversos lugares, muitos motoristas e famílias são surpreendidas com problemas como esse. Conforme Alexandre, as famílias têm direito a indenização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), principalmente quando ocorre óbito.
- Eu já estive em outras cidades falando sobre a microchipagem de cavalos e conversando a respeito dessas ocorrências que acontecem nas rodovias, eu repito a rodovia, pois não é para patas e sim rodas. Então por isso, a gente tem uma lei de proibição do uso de animais de tração em Santa Maria -, ressalta Alexandre.
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Ele conclui afirmando que é possível identificar que as pessoas ainda não se deram conta da situação, principalmente as que possuem animais, por isso é necessário uma forte fiscalização.
Microchipagem
O procedimento não possui nenhum um custo, no entanto é disponibilizado aos que de fato não possuem condições de realizar o procedimento de forma particular. Sendo assim, o foco é em animais de carroça e que percorrem as áreas urbanas de Santa Maria.
O animal sai com identificação eletrônica, com registro geral de animais e certificado de microchipagem, podendo ser acompanhado direto pela página da prefeitura. Essas informações podem ser acessadas por qualquer um, por tanto, é fundamental que esse trabalho seja treinado pelas autoridades para um controle mais concreto.
Alexandre Caetano, comentou em entrevista que há poucos dias foram repassados leitores de microchip para o DNIT e um leitor de microchip para Guarda Municipal que também auxilia nesse processo.
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A novidade também é a microchipagem em pequenos animais, que começou recentemente em Santa Maria. Antes de ir para adoção, cachorros passaram pelo processo na cidade. Pelo menos 100 animais de pequeno porte (cães e gatos) já receberam um chip.
- A gente que colocar, incutir na cabeça das pessoas que elas precisam exercer a guarda e possam ser responsáveis, nunca esquecendo que o animal na rua, ele fere as leis de contravenções penais. Então, a pessoa está sujeita a responder pelas leis tendo em visto que o animal na rua está sujeito a agressões, acidentes e causar também alguma agressão ou mordeduras -, conclui o médico veterinário.